Mais um fim-de-semana desagradável, mais tempo para o lazer em casa.
Livros
O Último Homem na Torre, Aravind Adiga, Presença, 467 páginas. Já li os três livros deste escritor, que já foi galardoado com o Booker Prize. «O Tigre Branco», «Entre Assassinatos» e o agora citado. Passados na Índia, terra de contratses, de arreigadas tradições, fracturada por classes sociais distintas mas um dos BRIC e um dos maiores focos de desenvolvimento económico e tecnológico. Neste livro tudo se passa em duas torres habitacionais, quando um prospector imobiliário as tenta comprar - para fazer um novo complexo residencial de luxo - exigindo a saída das famílias que ali moravam. Um retrato de Bombaim e da resistência do antigo ao moderno, com uma escrita brilhante.
A Onda que se Ergueu no Mar (Novos mergulhos na Bossa Nova), Ruy Castro, Companhia das Letras, 301 pág. Ruy Castro é um analista da sociedade brasileira, da sua história e dos seus heróis e sempre tocante quando fala no Rio de Janeiro. Já escreveu sobre Garrincha e Nelson Rodrigues, por exemplo. Aqui é uma história da Bossa Nova, de como nasceu, associada à análise (breve) do que acontecia no Brasil em termos sociológicos e políticos, mas sobretudo um breve retrato dos diversos criadores dessa música que se tornou um hino do Brasil e um seu forte veículo promocional. Por estas páginas passam muitos desconhecidos, mas está Tom Jobim, Nara Leão e a parte final com as extravagãncias de João Gilberto é muito engraçada.
O Caso Rembrandt, Daniel Silva, Bertrand, 444 pág. Foi uma das minhas companhias desta semana. Recomendo sempre uma leitura de um policial ou thriller. Daniel Silva é um dos grandes campeões de vendas da actualidade com o seu brutal "anjo" de combate, mas que também é um exímio restaurador de arte, Gabriel Allon. Desta vez uma fortuna milionária que tem como origem os tesouros judeus roubados por um nazi, que guardava o registo dos mesmos numa parte escondida de uma pintura de Rembrandt. Depois entram em cena os serviços secretos de Israel, a personagem de Chamron o "pai espiritual" de Allon, a sua mulher Chiara e mais uma série de aventuras passadas em Israel, em Inglaterra, na Argentina, Holanda, França e Suiça. Daqueles thrillers para ler ao mesmo ritmo de um disparo de Gabriel Allon.
Cinema
O Criado, de Joseph Losey. Um dos filmes mais perturbantes que já vi, com um mordomo maquiavélico que toma conta da cabeça do seu patrão aproveitando-se das suas debilidades emocionais e sexuais. Com Dirk Bogarde e James Fox. Um clássico.
Inland Empire, de David Lynch. Agora que a imprensa cultural tem dedicado várias páginas ao lado musical do genial realizador e criador de "Twin Peaks", encontro a bom preço na FNAC e recomendo este filme que é um momento quase exclusivo de ligação emocional de quem vâ com a fita. Com a Laura Dern e Jeremy Irons.
Restaurante
Sushi Café - para quem gosta de japonês e vai a um shopping este fim-de-semana então que entre nas Amoreiras e vá a este restaurante que para mim é dos melhores de sushi em Lisboa.
Exposições e Retrospectivas
Esta é uma sugestão que se prolonga. De segunda-feira até dia 4 de Dezembro, o CCB vai dedicar-se ao grande realizador russo Andrei Tarkovky, que vai meter conferências, música, exposição. Chama-se «Andrei Tarkovsky-Esculpir o Tempo». Para quem não conhece a sua obra pois fica a informação que terão a oportunidade de ver alguns dos principais dilmes dele: «A Infãncia de Ivan», «Andrei Rubliov», «Solaris», «O Espelho», «Stalker», «Nostalgia» e «O Sacrifício». Os meus dois preferidos são o «Stalker» e o «Nostalgia» e o único que não vi foi o primeiro da lista dos sete que conto ir ver.
sábado, 5 de novembro de 2011
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