Um Governo foi escolhido e tomou posse. Cavaco Silva tomou a opção natural e habitual na história constitucional portuguesa, indigitando o Primeiro-Ministro oriundo da força mais votada. Ao mesmo tempo, e num golpe de asa ainda sem contornos nítidos sobre o futuro, António Costa negociava à esquerda uma alternativa de Governo, saída do resultado eleitoral mas que não foi apresentada aos portugueses nas urnas.
Com este cenário, a percepção criada é que este novo Governo de Passos Coelho dura muito pouco e que virá um outro em poucos dias. Porém, continuamos sem saber, e depois do que disse, se o Presidente da República lhe dará posse ou entrará numa busca de outra solução alternativa.
Acresce a isto que hoje lemos que o PS pode celebrar dois acordos de Governo, um com o BE e outro com o PCP, mas continuamos sem saber se serão apenas de incidência parlamentar ou se a esquerda mais radical irá indicar nomes para esse novo Executivo.
Nestes três parágrafos anteriores, asséptico e sem tomar qualquer posição porque sou independente, dei nota dos jogos florais que se praticam na política portuguesa. Não referi em nenhum momento os interesses do País. Porque hoje a nossa terra é palco de jogos de xadrez, de preocupações próprias pelo poder, o nosso futuro segue dentro de momentos porque, para já, estamos a ser o joguete de brincadeiras perigosas.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
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