Ontem fui arrastado para ser uma das 15 mil pessoas que encheram o pavilhão Atlântico para ver o Michael Bublé.
Apesar de ser um bom cantor, ele é sobretudo um "entertainer". Como não sou fâ das suas músicas, provavelmente estive mais atento à sua presença e às suas técnicas em palco para controlo da plateia.
E o que é um "entertainer"? Ao contrário do que pensa um pateta, não é um palhaço. É um comunicador. É um homem que controla a sua audiência. Que sabe a reacção da primeira fila, mas também que sente a respiração de qualquer pessoa em lugar mais afastado.
Confesso que não acredito em metade do que ele disse. Aquela reprodução da conversa telefónica com o seu agente que amou os portugueses e que quer já voltar cá no próximo Verão fica bem.
A ida para o centro do pavilhão, a sua recriação do "Billie Jean" da voz e do "moon walk" do Michael jackson é notável. Os gestos com os dedos, o apontar para uma pessoa na multidão são técnicas de um artista que controla a audiência.
Há pouco tempo escrevi sobre muita gente que se refugia no power point, que se limita a debitar o que está escrito naquela ferramenta de apoio. Esses são maus comunicadres e não são "entertainers".
O grande comunicador é "one man show", usa o humor, cria uma emoção (Bublé criou ontem com um músico da sua banda que é de origem portuguesa), sente uma plateia.
Michael Bublé, para lá de bom cantor, é um grande comunicador, um grande artista e um grande "entertainer". E o entretenimento é o grande segredo da boa comunicação e dos bons conteúdos.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
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