Através do agregador Briefing tive a oportunidade de ouvir o segundo painel da Conferência da APAN que punha a pergunta Confiamos na Publicidade? E sobre ela deixo as seguintes notas.
Luís Paixão Martins (LPM) chamou a atenção para a falta de confiança dos públicos. E na esfera das Relações Públicas e Conselho em Comunicação, «há palavras que usamos mal e outras que usamos menos vezes do que devíamos».
Nuno Artur Silva, baseando-se no estudo da Metris perguntou se as pessoas precisam mais da confiança ou da criatividade, fazendo ligação de que nos Estado Unidos foi considerado o homem mais influente do país Jon Stewart, um comediante, talvez porque «o que queremos é que nos entretenham». Algo que escrevi hoje de manhã sobre o Michael Bublé, por sinal.
Reforçando, o director das Produções Fictícias que «as pessoas mais habilitadas a brilhar são artistas, os melhores comentadores são entertainers».
E felicitando a intervenção, noutro painel, do Rodrigo Moita de Deus, que transmitiu que conseguiu tornar a monarquia "cool", chamou a atenção que esse produto não era coerente, pois bastava aparecer uma imagem do D. Duarte que caía tudo por terra.
Chamo a atenção que durante os cem anos da República, reparei e escrevi que os monárquicos, no facebook, trocaram as suas fotos pela bandeira monárquica. Nessa altura, perguntei por que não puseram a imagem do rei, o mesmo D. Duarte, porque o produto era fraco, naturalmente.
João Dionísio, da STRAT, muito divertido, para lá das diferenças entre a sua mulher e a Anjelina Jolie, chamou a atenção do objectivo da publicidade: «a cicatriz da cesariana no sítio certo».
Luís Paixão Martins, muito pessimista sobre os actuais sistemas, disse que vivemos «numa fase pré-caótica, à beira da desintegração» dos diversos universos comunicacionais.
João Dionísio terminou afirmando que «se nós confiamos nos amigos, as marcas devem procurar ganhar a confiança dos consumidores». mantendo que «a publicidade é a arte de criar apelo, isto é, seduzir».
João David Nunes, director-geral da Briefing e da Advocatus, e moderador do debate, concluiu que «os consumidores são bem menos previsíveis do que a publicidade».
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
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