domingo, 7 de novembro de 2010

Como reabilitar a imagem de um político?

É um dos trabalhos mais interessantes na comunicação política. A reabilitação da imagem de um político.

Imaginem alguém que já foi muito popular, já ganhou eleições, já provocou empatia com um povo, mas depois, até pelo próprio cansaço do dia-a-dia da política, por erros cometidos, por campanhas contra ele, cai nas sondagens, perde a popularidade e parece que entra num limbo em que ninguém quer estar junto dele.

Como se pode dar a volta a este estado de coisas? Em primeiro lugar, tudo depende dos que lhe sucedem. Quanto maior for a confusão, maior é a comparação com o passado. E alguns erros do passado são desculpados, quando quem tem o poder na actualidade comete ainda maiores erros.

Nos Estados Unidos, hoje, vive-se alguma desilusão com Obama, cresce a contestação, e apesar das sondagens dizerem, ainda, que W. Bush é o responsável pela crise que atravessam, Obama já só está a 7 pontos nessa sondagem sobre a responsabilidade da situação actual.

Assim, o lançamento das memórias de W. Bush (ver esta notícia sobre a reabilitação de Bush), e as que se seguem de Donald Rumsfeld e de Dick Cheney são um exemplo de como aproveitando o "momentum" se começa a preparar a reabilitação.

Em segundo lugar, o silêncio. Uma espécie de período de nojo em que as intervenções públicas são menos frequentes, para evitar maior desgaste.

Em terceiro, o regresso passo a passo a conferências e intervenções públicas e a seguir o retorno à intervenção em espaços de opinião, na imprensa e televisão.

Depois, a construção de uma equipa política e de comunicação capaz de efectuar diariamente essa reabilitação. E as redes sociais são, hoje, um bom caminho.

1 comentário:

  1. Poderá dizer-se que a reabilitação de um político conta sobretudo com a anamnésia generalizada do cidadão?

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