Luís Paixão Martins na conferência da APAN e no blog Lugares Comuns chamou a atenção para o estado de pré-caos das instituições e do universo mediático. Concordo.
Vivemos um tempo de quebra de autoridade e de falta de decoro. As pessoas acreditam na falência dos regimes políticos e não confiam nesses responsáveis. Há um cansaço evidente, não só nacional, para a conversa de políticos.
Hoje, todos falam que já não se fazem líderes como no passado e a política, a justiça, a ordem, a verdade estão mal tratadas como nunca estiveram.
Esse momento pré-caos e de fim de regime passa também para o universo mediático. Como escreviam no Buzzófias, se hoje houvesse uma greve de jornalistas, as pessoas não sentiriam a sua falta. Porque o mundo mudou e qualquer um em diversas plataformas pode produzir conteúdos e dar informação.
No universo mediático o papel dos gatekeepers esbateu-se. A informação hoje é misturada entre informação profissional e credível e informação feita por pessoas que não têm formação para fazer informação.
As agências de comunicação estão a habituar-se a este novo mundo, estão a experimentar e a tactear. Mas delas, acho que serei profético, virão sinais de credibilidade, de responsabilidade, de ética. Excluindo naturalmente os que não têm carácter e geneticamente são vigaristas. Porque por aqui também a boa moeda expulsa a má moeda.
Como diz o LPM, as agências serão agregadoras, de públicos mas também deverão ser de referências e valores. Neste estado pré-caos devemos ser responsáveis, firmes, porque lidamos com a nossa Marca, mas sobretudo com a Marca de outros.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
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