Sidney Lumet era um grande realizador e um tipo porreiro. Era dos poucos grandes nomes de algum classicismo que ainda estava vivo. Os seus grandes filmes eram magníficos, os seus mais fracos eram bons filmes.
À minha memória vêm logo alguns filmes e queria recomendar às gentes da comunicação dois para eles verem porque são imperdíveis. Deixo-os para o fim.
Doze Homens em Fúria, com Henry Fonda em tribunal e uma decisão judicial onde todo o júri acha um homem culpado,com a excepção de um. Um filme de tribunal mas com todo o drama da justiça e a sua convicção de um homem.
Serpico, com Al Pacino, um jovem polícia sonhador, que se torna excêntrico e que é integrado no Departamento Interno que avalia os seus colegas e a corrupção na polícia.
Veredicto, outro filme de tribunal com paul newman inesquecível; ou o seu último filme, Antes que o Diabo Saiba que Morreste, com Ethan Hawke e Philipp Seymour Hoffman, dois irmãos envolvidos num assalto em que um mata a própria mãe, com música fantástica a acompanhar os dramas pessoais.
Mas deixo então duas sugestões para as gentes de comunicação:
Network, para mim um dos melhores filmes sobre televisão. Com Peter Finch que é um pivot de telejornal que tem vindo a cair nas audiências. Os administradores e uma jovem ambiciosa, Faye Dunaway, querem tirá-lo do ecrã. Mas no último dia, o pivot revolta-se em directo e faz um monólogo sobre a sociedade. O pior é que os resultados são fantásticos e transformam-no numa celebridade, num grito de revolta ambulante. Ele passa de pivot a quase um moderno tele-evangelista. Vejam.
Power- Chaves do Poder, este filme é com Richard Gere que faz de especialista em comunicação política e campanhas eleitorais, que tem como escape tocar bateria nos aviões que o levam a diversos pontos. É um filme sobre política, não é genial, mas tem de se ver.
E deixo aqui este texto que é uma bela homenagem a Sidney Lumet. Um adeus eterno a um mestre.
domingo, 10 de abril de 2011
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