Se até Otelo já sonha com a democracia directa, se mais não sei quantas pessoas do passado deram opiniões sobre a crise económica e de valores do País, achava estranho que um dos seus maiores demagogos e populistas ainda não tivesse dito nada.
Marinho e Pinto é um tipo perigoso, ambicioso, com uma agenda própria com objectivos mais ou menos secretos. De banal advogado e truculento comentador, utilizou o cargo de Bastonário da Ordem dos Advogados para fazer política e se projectar numa sociedade onde declarações bombásticas costumam marcar pontos.
Fala em «greve à democracia», de «refundação da República, sem velhos recursos a estereótipos revolucionários». E naturalmente, esqueceram-se de perguntar isso - os jornalistas às vezes têm outras coisas em que pensar - considera-se a si próprio o Pai da nova Pátria a refundar.
Uma espécie de Antonio di Pietro com operação Mãos Limpas que depois fundaria o seu partido, como o juíz italiano. A Ordem dos Advogados é uma vetusta e credível instituição, mas teve o condão de eleger nos últimos anos duas picaretas falantes que a usaram como trampolim para os seus objectivos pessoais. Refiro-me naturalmente ao actual cavalheiro e a Rogério Alves.
Marinho e Pinto com esta declaração irresponsável mete lenha na fogueira de um país que desconfia dos políticos e não se sente representado por eles. Nas próximas eleições a seguir a estas, querem apostar comigo como Marinho e Pinto será candidato a deputado? Só que se Fernando Nobre não tem jeito para a coisa, este é muito mais perigoso e ambicioso.
domingo, 17 de abril de 2011
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