sexta-feira, 8 de abril de 2011

Perdidos na Tribo

Quando os canais privados aguçam as lâminas de guerra para combates em reality-shows, os telespectadores sabem que os pobres espectáculos estão de volta.

A SIC aposta forte num bom formato que é o Biggest Looser, com Júlia Pinheiro nos comandos. Para Carnaxide, este seria o programa capaz de iniciar o seu "come back" na liderança das estações.

Mas a TVI, preocupada com este possível êxito, meteu na gaveta um preparado programa que acompanharia a vida de umas senhoras ricas para apostar tudo em Perdidos na Tribo.

Numa altura em que o país está mal, mas as agências de viagens não têm mãos a medir, o que não se compreende por vezes, os portugueses mais uma vez vão ser narcotizados pelos disparates de doze figuras "conhecidas" espalhadas por diversas tribos em diversas partes do mundo.

Umas são recoletoras, dedicando-se à caça, outra é muito aberta em questões sexuais, coisas assim. A TVI vai meter uns cavalheiros e cavalheiras semi-nus para animar a malta, esperando que disparates e horrores aconteçam.

Com Cláudia Jacques, Mafalda Teixeira, Joana Alvarenga e uma Vera que aumentou o peito para os meninos. Kapinha, José carlos Pereira (de quem se espera tudo de mau, nomeadamente dramas) e outro troglodita do Big Brother para as garotas.

A encabeçar o elenco, com o cachet mais valioso, essa figura que não consigo qualificar chamada José castelo Branco, que em determinado momento passou a ser tratado por "conde", mas que sem sem problema diz que é uma "bicha" e costuma qualificar algumas pessoas conhecidas como "machos fantásticos".

Na sua chegada ao aeroporto com destino a uma tribo levou sete malas Luis Vuitton - não sei se cópias - proporcionando um espectáculo ridículo a quem estava na Portela, estava lá um amigo meu que me contou.

Portugal é um pobre país, mas muito rico em pobres criaturas. O problema é que os portugueses gostam.

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