Barack Obama praticamente garantiu a reeleição com o ataque e morte a Osama Bin Laden. Mas a rapidez de decisão de atirar o seu corpo ao mar levantou dúvidas e deu gás a teorias conspirativas.
Face ao que aconteceu com Saddam Hussein, o mundo agora também queria ver o líder da Al Qaeda morto. Obama optou por não mostrar imagens, imagens essas que hoje valem milhões a quem as tiver.
Lembrei-me com a decisão de Obama de dois casos: um real e outro do cinema.
Um, a célebre foto de Tancredo Neves, Presidente brasileiro que marcou o fim da ditadura, sentado no sofá, risonho, acompanhado da junta médica que o vigiava. Já estava em estado terminal e viria a morrer poucos dias depois.
O segundo, do cinema, de um dos melhores filmes sobre jornalismo, "Under Fire" (Debaixo de Fogo), com Nick Nolte, fotógrafo de guerra, e que colabora com os rebeldes, quando fotografa o seu líder, Rafael, maquilhado depois de morto, para dar força à revolução contra a ditadura.
A iconografia dos líderes dá força aos movimentos sociais, a Al Qaeda já tinha perdido o seu poder, como reflectem as recentes revoluções árabes. Não está morta, mas irá transformar-se no que foi no seu início: uma perigosa célula terrorista.
Se Obama deu garantias aos americanos e ao mundo, sabe que a Al Qaeda sofreu rude golpe moral, mas não acabou a batalha.
domingo, 8 de maio de 2011
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