Já dei a volta matinal pelo meu bairro para compra de jornais e mercearias, e ainda apanhei por aqui alguns vizinhos com quem falo habitualmente. Sabem qual foi o comentário que mais ouvi sobre o debate de ontem entre Sócrates e Passos?
«O Passos Coelho aguentou-se bem». Pois é, a expectativa era baixa, o povo aguardava que Sócrates trucidasse Passos e assim não aconteceu. Aliás, falei ontem sobre essas expectativas para o debate.
Quando a opinião pública acha que um dos candidatos é muito melhor que outro em debates, se o mais fraco tem uma prestação razoável diz-se que este ganha.
Não houve arrasos como ontem ouvi e li, de parte a parte. Houve equilíbrio, mas Sócrates manteve sempre o controlo do debate e levá-lo mais de dez minutos para falar de Saúde foi o seu melhor ponto juntamente com a arma secreta: o tal relatório da Fomentinvest.
Passos equilibrou bem, foi justificativo como sempre, atacou bem o passado mas faltou a esperança e o tal "killer-instinct" de que eu ontem falava e que os intervenientes do programa "Má Moeda" também notaram (já vi o programa através do Iris da ZON, de que já sou fâ).
Aliás, falou de Cameron (que duvido que a maior parte da população saiba quem é) e de Blair, mas esqueceu-se de Obama que podia dar como exemplo de líder com inexperiência política antes de chegar ao cargo executivo e que seria muito mais eficaz na consolidação da imagem de mudança.
Dizem-me que as sondagens realizadas deram a vitória a Passos no debate. É natural que tenha ganho. Não por ter sido fenomenal, mas porque o cansaço de Sócrates é bastante. Agora vamos ver se ganha eleitores com o debate.
sábado, 21 de maio de 2011
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Quem perde é Portugal.
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