terça-feira, 24 de maio de 2011

«O País virou à direita ou o CDS veio para o centro?»

Foi esta a pergunta que Luís Paixão Martins fez a Manuel Castelo Branco na última edição da Má Moeda, no Económico.

É habitual por todo o mundo que os partidos dos extremos radicalizem o discurso tornando-se partidos de descontentamento. O CDS só no tempo de Manuel Monteiro passou um pouco por esta fase.

Como bem descortinou Lpm há uma enorme sobreposição entre PSD e CDS no campo ideológico e de acção nestas eleições. Mas o país não virou à direita.

Paulo Portas, por formação e ambição, é um estadista. O seu objectivo é o poder, logo, centrou o seu discurso como alternativa de governo e não apenas como albergue dos descamisados.

E tem usado fórmulas de comunicação política objectivas e decisivas: «O PS não é competente, o PSD não é convincente; O PS deixou a dívida, o PSD trouxe a dúvida».

Portas percebeu que Portugal está cansado de Sócrates, mas quer estabilidade governativa e confiança e foi essa a estratégia de Portas.

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