Foi esta a pergunta que Luís Paixão Martins fez a Manuel Castelo Branco na última edição da Má Moeda, no Económico.
É habitual por todo o mundo que os partidos dos extremos radicalizem o discurso tornando-se partidos de descontentamento. O CDS só no tempo de Manuel Monteiro passou um pouco por esta fase.
Como bem descortinou Lpm há uma enorme sobreposição entre PSD e CDS no campo ideológico e de acção nestas eleições. Mas o país não virou à direita.
Paulo Portas, por formação e ambição, é um estadista. O seu objectivo é o poder, logo, centrou o seu discurso como alternativa de governo e não apenas como albergue dos descamisados.
E tem usado fórmulas de comunicação política objectivas e decisivas: «O PS não é competente, o PSD não é convincente; O PS deixou a dívida, o PSD trouxe a dúvida».
Portas percebeu que Portugal está cansado de Sócrates, mas quer estabilidade governativa e confiança e foi essa a estratégia de Portas.
terça-feira, 24 de maio de 2011
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