Um bom debate de televisão. Dois magos da comunicação política a atacarem-se e a defenderem-se como leões com apetite pelo poder como sempre foram.
Portas precisava deste debate para dizer que era bom e o que melhor faz oposição. Sócrates precisava de dizer que está forte e aguenta os ataques. Não houve ko`s mas houve vantagem de Portas.
Os portugueses queriam ouvir um bom político a confrontar Sócrates. «Fui o primeiro a dizer SAIA»; «a história não começou há seis semanas começou há seis anos» (algo que já tinha dito e explicado aqui no meu blog aos marqueteiros brasileiros do PSD); «o senhor é muito competente a manipular mas pouco competente a governar»; «o senhor candidato mente mal» e sobretudo o atacar do PM dizendo qie ele «não habitava a mesma realidade dos portugueses» deram-lhe a vitória, pois os portugueses queriam que alguém dissesse claramente aquilo que eles sentem. E Portas percebeu-os.
Sócrates, à maneira de Portas em 2001 em Lisboa, parecia dizer «eu fico», defendeu-se com a crise internacional, «foi uma crise dos mercados e não dos Estados» e tentou atacar Portas com as ausências de programas alternativos e com os submarinos.
Portas esteve magistral na desconstrução do ataque aos submarinos comparando-os com outras obras e parcerias deste Governo e noutra técnica de comunicação política bem urdida trouxe um gráfico bem colorido para provar que foi este PM que deu a Portugal o maior crescimento de dívida pública na Europa.
«O candidato José Sócrates «perdeu o realismo e vive num mundo que não é real para os portugueses». «Pergunte aos portugueses lá em casa». «O sr foi o que pôs cartazes a prometer 150 mil empregos e agora temos 650 mil desempregados». «A avaliação da realidade tem de ser feita», Portas teve grande autodomínio contra Sócrates que é um mestre no domínio das suas palavras.
Portas ganhou mas não atirou Sócrates ás cordas. Em casa, a classe média gostou do discurso de Portas, mas sabe que Sócrates como bem esteve no minuto final tem a experiência que os outros ainda não têm.
«Responsabilidade» contra a «aventura», escolher entre «experiência e alguma impreparação». «Modelo social europeu contra privatizações», defendeu a sua cartilha Sócrates.
Sócrates está vivo e bem vivo, Portas esteve letal como os portugueses desejavam.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
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