Vamos esquecer agora a discussão da estratégia, tácticas e acção política. Vamos esquecer por um momento o lado profissional e pensar apenas como cidadãos. Para que serve uma campanha eleitoral?
Uma campanha, como qualquer campanha, deve mobilizar, deve entusiasmar, deve levar mais gente a votar ou a comprar. E uma campanha deve esclarecer. Por que é que um produto ou político é melhor do que outro? Por que tomamos uma opção em detrimento de outra.
Mobilizar e esclarecer. Dois afâs de qualquer campanha. Agora voltemos a esta campanha eleitoral: sente-se mobilizado e esclarecido? Se sim, fantástico. Se não, o que tem falhado?
Na imagética de uma campanha eleitoral sobram os momentos divertidos, as danças, os chapéus, os soundbites, os disparates, etc. Contribui tudo isto para a mobilização e esclarecimento? Não, é claro.
Esta campanha tem sido paupérrima, mas para lá das agendas de campanha demasiado gastas, também há uma enorme culpa dos media tradicionais que se pelam por um berro de uma peixeira, uma imagem de um político num tractor, um qualquer popular que decide chatear um político em campanha com um chorrilho de disparates.
A campanha fazem-na os políticos, mas a agenda mediática quem a controla ainda são os media tradicionais. Comícios estão fora de moda, é culpa dos partidos; mas as imagens ridículas de campanha eleitoral quem as escolhe são os media. Logo, ambos os parceiros têm culpas.
Nestas eleições não se falou do futuro, mais uma vez apenas a lógica do ataque e contra-ataque do soundbite funcionou. Houve temas que nem foram falados. Nesta campanha houve pouca mobilização e nenhum esclarecimento.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário