sábado, 17 de setembro de 2011

A entrevista de Carlos Freitas e mais duas notas sobre o Sporting

Eu gosto do Carlos Freitas, há quem não goste. Já acertou muitas vezes e errou outras, mas respeito o seu profissionalismo.

Em Paços de Ferreira lá estava ele no túnel a cumprimentar todos os jogadores, e dos mais efusivos até foi Evaldo que ficou no banco. É com a confiança que os jogadores têm nele que se forjam gupos fortes e se blindam balneários, algo a que o Sporting, infelizmente, foi durante muitos anos alérgico.

Dou conta do melhor da sua entrevista ao Expresso, e dou nota que é a primeira presença da Marca Sporting com esta direcção no maior jornal de referência português. E não foi por falta de interesse do jornal, pois sei que estavam pedidas entrevistas há muito tempo, inclusivamente com jogadores, mas nunca deram resposta da área de comunicação do Sporting. E como sabem, eu ligo muita a estas coisas e neste capítulo não estou mal informado. O Benfica já lá tinha metido 3 entrevistas. Deixo então os meus destaques:

«Hoje o Sporting tem grandes jogadores, agora precisa construir uma grande equipa».

«Não há nenhum trabalho solitário, só solidário».

«Em dois anos, o Sporting descapitalizou-se em termos desportivos e no seu activo os jogadores descapitalizaram-se e atingiram um ponto de saturação».

«Luis Aguiar teve complicações pós-operatórias mas não foi Gomes Pereira que o operou». «A saída (de Gomes Pereira) foi um fim de ciclo».

«Nunca vi ninguém festejar VMOC no Marquês».

«Há a tentação de confundir a aposta na formação com a exposição da formação».

«Este ano alguém o impressionou?»; «O Rubio que tem 18 anos, é a primeira vez que isto me acontece».

«Costumo dizer que tenho a sorte do meu hobby ser remunerado».

«Como se contrata um jogador?»; «1º fala-se com o treinador sobre o modelo de jogo. A partir daí vamos para os sistemas, por norma dois. A seguir juntamos 4/5 jogadores vistos, primeiro por observação indirecta, partimos depois para a observação directa - no mínimo três jogos -, com outro conjunto de informações como o comportamento social, enquadramento familiar. Por fim, negoceia-se».

«Qual foi a sua pior compra?; «Paredes, a nível desportivo».

«Juntando a capacidade defensiva de Jorge jesus à capacidade ofensiva de José Peseiro teríamos um treinador de topo mundial».

«Compro a Max italiana, o Fígaro, a Economist. O futebol está ligado a tudo».

Leiam o resto que é uma boa entrevista do Expresso.

PS: O CM traz hoje que o Sporting apesar da péssima época desportiva anterior pagou 1,7 milhões de prémios. E em rescisões como Pedro mendes, pedro Silva, Maniche e Caneira gastará 3,8 milhões. Só dou nota, não comento.

PS2: O DN traz hoje que o Quality Football Ireland Limited, onde Jorge Mendes e Peter Kenyon são «consultores», a quem se acabou de vender metade do Elias e do Wolfs está a trabalhar com o Saragoça e o Besiktas. Só dou nota, não comento.

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