As séries de televisão são cada vez mais fenómenos de massas e de comunicação. Quando uma é criada para falar da família real americana e de um dos seus ícones mais reconhecidos no mundo, a expectativa é maior.
A série tem o selo de Joel Surnow e Jon Cassar, para quem não se lembra dupla que produziu 24. Mas nos Estados Unidos não fez muito sucesso e demorou a ter uma cadeia de televisão que a emitisse.
Quando se fala de Kennedys, fala-se de poder. E o símbolo máximo do poder, da ambição, desse afã de ganhar era o patriarca Kennedy. Na série veste-lhe a pele Tom Wilkinson que é um bom actor, porém a imagem que perpassa é mais de rancor pelo que Roosevelt lhe fez (retirou-o de embaixador na Inglaterra depois de o nomear) e não de concupiscência pelo poder.
O pai Kennedy era um escroque, sem escrúpulos na vida empresarial e política como depois se demonstra na série, com o truque para dividir os votos no principal rival na primeira vitória política de JFK.
Fantástica a presença do especialista em PR que dá as primeiras dicas a JFK, que não se sentia preparado para aquilo. Fantástica é também a autodescoberta de JFK no momento em que fala ao coração das mães que perderam os filhos na guerra. E na política tem de se falar ao coração, política não são só números.
Um dos pontos fracos da série é a química inexistente entre Greg Kinnear (JFK) e Katie Holmes (Jackie). Sabíamos que JFK era viciado em sexo e antes do famoso debate com Nixon teve uma entrada de uma senhora no quarto de hotel onde estava, enquanto Nixon falava para trabalhadores (não sei se a série vai mostrar).
Mas era um casal, apesar de muito afastado, perfeito para a iconografia social e da comunicação política, nesta série isso não se sente muito. É uma série a acompanhar sabendo já que a seguir a Fox Life tem agendada "Mildred Pierce", a série do ano com Kate Winslet a desempenhar o papel da inesquecível joan Crawford no filme com o mesmo nome. Essa série será também imperdível.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
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