domingo, 14 de agosto de 2011

O "Feng Shui" da piroseira em Lisboa


Este é o título de ontem do artigo habitual ao sábado do Eurico de Barros no DN. Um colunista que muito gosto, um jornalista muito culto e com críticas sobre cinema que leio sempre pois é o que mais se aproxima da minha opinião quando vejo um filme.

Ontem deu o título do post a mais uma operação da Câmara de Lisboa que surpreende quem passa na Avenida da Liberdade.

Já olharam para os bancos da Avenida? Pois deixaram de ser verdes. Lembram-se quando os táxis deixaram de ser verdes e pretos para serem de uma côr castanha clara que se confundia com tudo?

Pois é, há certas coisas que não devem mudar, fazem parte da sua identificação e da sua osmose com a paisagem urbana. Um táxi de Nova Iorque não pode trocar o amarelo por um "Feng Shui" qualquer originado por um capricho de um "mayor", de um vereador ou na singela tentativa de se ganhar uns cobres para a autarquia.

Foi o que se passou em Lisboa. Para ganhar uns cobres a autarquia decidiu pintar os bancos da Avenida e os candeeiros. Vão de laranja a roxo porque alguém decidiu patrocinar a coisa numa operação chamada "Happy Liberdade", mas tudo dentro de uma filosofia "feng shui".

Como me dizia um taxista esta semana: «feng shui? Não sei o que é isso. Sei é que os bancos devem ser verdes como o meu táxi tem de ser à fogareiro: verde e preto».

E eu, cidadão de Lisboa, confesso que me estou marimbando para o "feng shui".

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