segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Oráculo (305)
«Portugal tem condições para desenvolver uma indústria turística altamente lucrativa, mas oscila entre o turismo de luxo e a barraca de comes e bebes»
Eduardo Dâmaso
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O sector do turimo em Portugal é uma carolice pegada por comparação com o autêntico negócio que dele fazem países com muito menos potencial que nós. O nosso turismo é essencialmente um turismo de sol e praia (quando há sol) porque é a única coisa que os portugueses não conseguem estragar. Para se apostar no resto é preciso mais trabalho. As paisagens rurais no geral têm pouca qualidade, devido ao êxodo rural e à erosão. Há a excepção do Gerez, do Alto Minho e do Douro e dos parques nacionais, porque o resto não tem qualidade internacional. A nível de preservação e utilização do património então é uma vergonha. Qualquer país pequeno, tipo Irlanda, Eslováquia ou Croácia, que não têm nem um quarto dos nossos monumentos nos mete num chinelo em aproveitamento turístico e cultural do seu património. Está tudo impecável. Aqui é uma bodeguice terceiro-mundista. E a culpa não é só do Estado, mas também das Câmaras Municipais, ainda pior geridas que o Estado central. E falta referir a questão da imagem e do merchandising que pode ser lucrativo se for bem explorado. Pequenas nações como a Escócia e a Irlanda sabem jogar muito bem com isto, valendo-se de tudo, desde o desporto à literatura. O nosso merchandising é paupérrimo. As cores da bandeira não ajudam e em pleno século XXI ver-se na loja do design português na Portela cenas como o galo de Barcelos é de mais...
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