O título do meu post é a manchete do Expresso. Revela-nos que o Primeiro-Ministro não esperava que a esfinge de Belém o atacasse, como atacou, esta semana.
Pedro Passos Coelho, que é um homem de bem, esperava solidariedade institucional do Presidente da República, pelo menos em público, num momento em que anunciou medidas duras e que provocam, naturalmente, descontentamento.
O PM, logo no dia seguinte ao ataque de Cavaco, disse que «não contassem com ele para polémicas com Belém». Qualquer mortal só poderia ficar fulo com a rasteira que Cavaco lhe pregou, mas Passos é frio e ponderado e teve que travar. Pois, efectivamente, ao contrário do irresponsável Cavaco, Passos sabe que não é tempo de guerras institucionais.
Porém, há algo que não podemos esquecer. Cavaco sempre odiou o seu próprio partido, secou-o, tirou tudo dele o que tinha a tirar e sempre se esteve marimbando para ele.
Cavaco é um misógino partidário, não gosta do PSD, não gosta das pessoas do PSD.
Cavaco privilegiou sempre o seu umbigo aos interesses do partido a que pertence. O PSD foi para ele a barriga de aluguer das suas ambições, não se importando ao longo do tempo de ter prejudicado gravemente outros líderes e personalidades do PSD.
Engraçado é que nunca teve uma palavra de repúdio para os seus amigos, ditos cavaquistas, que ele criou e que durante décadas sugaram tudo o que Estado tinha para dar. Cavaco teve acções do BPN e nunca se ouviu dele uma palavra sobre este escândalo que contribuiu para que muitos fiquem sem subsídio de Natal e de férias.
Caro Pedro Passos Coelho: Cavaco é assim. Está-se marimbando para si, para o PSD, para Portugal e para os portugueses. Cavaco, há 26 anos no poder, só está preocupado com como ficará visto na História. Mas qualquer medíocre historiador o registará como pai desta crise, como responsável pelo erro no modelo de desenvolvimento, enfim, um rodapé na História de Portugal.
sábado, 22 de outubro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário