quinta-feira, 8 de novembro de 2012

James Bond - Skyfall

Sou fanático do agente mais conhecido e menos secreto do mundo. Já vi todos os seus filmes mais de uma vez e tenho-os todos. Ontem, fui ver o último e que comemora os 50 anos da série.

Começo pelo mau. Javier Bardem exagera um bocadinho como vilão, tornando-se quase grotesco, e faltam "bond girls" no filme, que trazem sempre charme. As de Skyfall não ficam minimamente na "memorabilia" de Bond.

Daniel Craig faz o seu terceiro filme e dois deles são dos melhores de todo o universo Bond. "Casino Royale" e "Skyfall". Neste celebram-se, como já disse, os seus 50 anos. E regressam duas figuras lendárias: Miss Moneypenny e Q. E assistimos a um novo M, Ralph Fiennes, que mostram que as aventuras de Bond estão aí para muitos anos.

Sam Mendes é um grande realizador e trouxe para este filme um dos seus companheiros habituais: Thomas Newman, um dos maiores e melhores autores de bandas sonoras de Hollywood, como o provam "American beauty", "Road to Perdition" e "Revolutionary Road", por exemplo, todos filmes com carimbo de Mendes.

Este é um Bond com outra profundidade dramática, já assim o é desde "Casino Royale", onde temos uma das melhores "Bond girls" de sempre, Eva Green, no papel da mulher por quem Bond se apaixona, Vesper Lynd. Bond evoluiu da "macheza" de Sean Connery e do charme de Roger Moore, para uma personagem complexa que Daniel Craig, excelente actor, interpreta bem.

Este é o filme onde regressamos às origens de Bond, à sua família (imagens fantásticas da Escócia) e onde o agente perde na casa da família a sua segunda  mãe, M (Judi Dench). Bond é um homem solitário, quase normal. E todo o filme é isso, um bom trabalho de actores.

Depois está lá tudo o que importa de Bond: uma das melhores perseguições da história da saga, a das motas nos telhados de Istambul, o combate em cima do comboio, um genérico e uma música de Adele fabulosos.

E Bond, para lá daquelas imagens de Xangai e de barco no mar, à noite, em Macau, geniais, volta a Londres. Mas não a magia actual da cidade, mas a cidade dos subterrâneos, obscura como o novo Bond é. E voltam as bandeiras da Grâ-Bretanha, tantas como nunca se viram em anteriores filmes. Bond regressou às suas origens, num mundo onde já não são outras nações os inimigos, mas apenas homens. 007 volta ao serviço e tem muito para fazer. Mais 50 anos de trabalho pela frente, como os fâs desejam.


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