quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Ceausescu e Khadafi
Quando o Eurico de Barros escreve sobre cinema, coisa que faz brilhantemente ao longo da sua carreira, e diz que um filme é excelente, é rápida a minha decisão em o ir ver.
Passei esta semana três horas da minha vida a ver um documentário brilhante sobre Ceausescu. O líder romeno era o menino querido, entre os ditadores de Leste, no Ocidente.
Era uma criatura rude, vulgar, sem qualquer dimensão intelectual e que cresceu para o poder porque teve a sorte de ser preso com o antigo líder.
Arrasou um bairro para construir um megalómano palácio e durante a sua liderança foram várias as suas loucuras e desperdícios. A sua mulher Elena era tida como uma grande cientista e nada tinha que o justificasse.
Aquele documentário é mais uma contribuição magistral sobre como se criam as imagens dos líderes, a sua máquina de propaganda, e, depois, após a sua queda como assistimos à dura realidade da mesquinhez e pequenez humana.
Quando cai um ditador, vemos as suas fraquezas e debilidades, deparamos com os pesadelos a que presidiram, às brutalidades do seu regime.
Agora cai Khadafi, depois de Ben Ali e Mubarak, e vemos os abusos de quem tem a tentação de se perpetuar no poder.
É um documentário e um filme da vida real a não esquecer. E que envergonha o mundo civilizado que lhes foi ao beija-mão.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário