segunda-feira, 9 de maio de 2011

Perdidos na Tribo (3) e as noites de domingo

Nos canais televisivos comerciais tudo vale para conquistar audiências. Importa pouco aos accionistas a qualidade, interessa, sim, shares e campeões de audiências.

Já há muito tempo que o domingo, por ser o dia que mais gente junta em casa, se tornou o campo de batalha para produtos que tentam ser familiares e mais facilmente atingirem todos os segmentos.

A SIC arrancou com um programa com gordos, um formato internacional de sucesso e até com alguma qualidade de produção, mas confesso que ver aquelas tentativas de superação de pessoas que na maior parte dos casos foram sempre os gozados pela turma é deprimente.

A TVI arrancou ontem com Perdidos na Tribo. Escolheu a via fácil de colocar uns famosos (?) no meio de tribos que parecem viver em séculos passados. O programa é lixo puro, não interessa a ninguém e assenta apenas nas "paneleirices" (é a primeira vez que uso uma palavra feia neste blog, mas não tenho outra maneira de caracterizar a personagem) de José Castelo Branco.

O motorista argentino, as 7 malas Louis Vuitton, o beijo no solo da Namíbia à chegada, como João Paulo II, a "divina" a dar show no aeroporto e mais um punhado de disparates no meio da tribo desta estranha criatura são a mola deste programa.

Por essas e por outras, cada vez mais gente inteligente se volta para o cabo, é que ninguém gosta que uma televisão lhe passe um atestado de estupidez.

1 comentário:

  1. Caro Rui,

    É o que temos !...
    Há muitos anos, havia um programa na rádio qua se chamava "Os intocáveis" em que se passavam discos com as mesmíssimas qualidades das rubricas televisivas que assinala no post.
    O programa terminava assim: "... este disco é intocável, mas ... felizmente não é inquebrável, por isso vamos parti-lo !..." e vinha depois o som inimitável de um disco a partir-se.
    Depois tínhamos Mário Castrim a fazer aquilo que o Rui agora vai fazendo. Mas o Mário morreu. Temos de recomeçar...
    Saudações Leoninas

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