quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os "mind games" de Medeiros

Gosto de uma geração de treinadores que agora não actuam em Portugal e fazem falta ao nosso futebol. Gosto de Manuel José, João Alves ou Manuel Cajuda e os seus fantásticos soundbites e entrevistas que guardo religiosamente.

Leio que morreu António Medeiros, um "old school" de que já não tínhamos notícias há muito tempo. Nunca fui especial fâ, mas lembro-me de uma sua manobra "psicológica" quando treinava o Amora.

Falou-se dos "mind games" de Mourinho, mas continuo a achar que o verdadeiro mestre desta arte é mesmo Pinto da Costa. Mas António Medeiros teve o seu momento de "mind games".

Um dia, o Amora estava na primeira divisão - tinha Caio Cambalhota e jorge Plácido a brilhar no ataque - e os jogadores entravam em campo com camisolas de 1 a 11.

Iam defrontar o Benfica, Medeiros decide na Medideira, campo do Amora se não me falha a memória, trocar a numeração dos jogadores de campo para confundir os rivais. Os avançados jogaram com o 2, 3 e 4 e os defesas com o 11, 10, 9 e 8. Consta que o Amora fez grande jogo e não perdeu. Medeiros estava feliz com a "manobra psicológica".

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