Pedro Santana Lopes e António Costa são dois grandes políticos. Logo, para quem gosta desta nobre arte, assistir ao bailado dos dois é um espectáculo de enorme qualidade.
Ontem, 11 horas de reunião camarária. Da parte da tarde estiveram diversos Planos em jogo. O mais comentado o da reorganização do mapa administrativo em Lisboa, mas o que mais gente movimentou e que encheu a sala nesta legislatura foi o do Parque Mayer, que mobilizou a maior parte da família de artistas que ainda por lá trabalha.
A relação entre os dois é boa, de contendores que se respeitam. Costa tem sido deveras elogioso com diversas obras de PSL, este tem mantido uma oposição construtiva, que faz andar o que é importante, mas mantendo-se vigilante em determinadas matérias. E critica no momento certo.
Por causa do Parque Mayer, Costa, sem querer dar lições de moral, pediu que PSL, que fez nos minutos anteriores uma intervenção de memória sobre o processo, «deixasse mais a memória. Pois mais do que a memória, o que importa em política é a capacidade de esquecer».
Santana retorquiu, de forma elegante: «que às vezes parece que Costa ainda não esqueceu o tempo que passou pelo Governo e que na política, quando se perde a capacidade de sonhar, é tramado».
É essa uma das áreas que a política tem perdido: a capacidade de sonhar e ousar, o momento de rasgo que faz a diferença.
O Plano para o Parque Mayer é bom, todos o dizem. Mas falta o sonho. PSL teve-o. Frank Ghery faria a diferença com o seu projecto para o Parque Mayer. Era caro, mas seria um pólo de atracção turística para a nossa cidade.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
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