Hoje o jornal I, que eu muito aprecio, decidiu ouvir três especialistas na área da comunicação sobre o Governo e José Sócrates. Foi ouvido o Tiago Franco, da IPSIS, o Pedro Reis, da Imago, e o Rui Calafate, este vosso amigo que aqui escreve.
Pode ler aqui toda a página 21 do jornal que é interessante. E ao comentar alertei para o seguinte, lembro-me do que disse para lá do que foi reproduzido e estruturando em três focos de actuação: o País, Sócrates e o seu Governo.
O I numa das 8 partes falha das «promessas falhadas», eu comentei «quando se diz uma coisa e se faz outra não são apenas os cidadãos a ficar desconfiados. As empresas e os mercados também não ficam a salvo de futuras surpresas».
1º- Para se ter boa comunicação o Governo precisa de obter melhores resultados. Baixar o desemprego, melhorar na balança de transacções, dar confiança nos dados macro-económicos. Isso é o primeiro passo para se ter melhor comunicação.
2º - José Sócrates tem de ter uma linha de rumo que não seja flutuante. As empresas precisam de segurança e previsibilidade para fazerem investimentos. Não se pode anunciar que não vai haver aumentos de impostos e depois eles acontecerem. Não se pode anunciar investimento público e grandes obras e depois estes serem adiados. A linha de rumo, o Sócrates da primeira legislatura, desapareceu. Não sei se vai voltar.
3º Toda a gente elogiou a comunicação do Governo nos primeiros anos de Sócrates. Hoje, já não se fala a uma só voz. A orquestra está desafinada, mostram-se sinais de descontentamento interno no executivo e isso transmite uma intranquilidade que não dá garantias de bons tempos aos portugueses. Disse:quando é preciso dar a imagem de serenidade, estes sinais de perturbação no interior do Governo não ajudam».
E para terminar, Sócrates está com uma cara estranha, enfadado, transtornado: «era importante que não se mostrasse tão irritado e com a cara tão fechada. É preciso que apareça mais tranquilo se quer transmitir tranquilidade».
sexta-feira, 18 de junho de 2010
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