sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A morte de Fidel *

Nunca fui a Cuba, mas as imagens que recordo sempre são as de Michael Corleone, no Padrinho 2, a fazer negócios na estância de férias americana que se chamava Havana e um filme chamado "Cuba", o primeiro grande cachet do Sean Connery, o filme era mau diga-se de passagem.

Nunca tive nenhum fascínio especial por aquelas criaturas, Fidel ou Che, e o que me comentavam era uma ilha que tinha umas praias para uma classe média que gosta de dizer aos amigos que foi às Caraíbas, e uma capital em ruínas mas que mantinha um certo charme. Ah! E os charutos que tinham qualidade.

Fidel na entrevista que deu à Atlantic reconhece que o seu modelo falhou. Aposta no micro-capitalismo do salve-se quem puder, do pequeno biscate e da prostituição encapotada.

Os fanáticos comunistas que estiveram caladinhos esta semana, vêm o seu modelo de sonho virar inferno. Mas, sobretudo para Fidel, ainda antes da sua morte física, fica a vergonha de que os seus fuzilamentos, a sua censura apenas serviram para o perpetuar no poder. Apenas isso.

Resta aos mais empedernidos ainda esse paraíso chamado Coreia do Norte. Mas qualquer dia também vão ter uma surpresa.

* O título do post tem o mesmo título do artigo de vasco Pulido Valente de hoje no Público

2 comentários:

  1. João Teixeira17/9/10 09:27

    Não sei se é falta de atenção ou excesso de intenção, mas esse texto baseia-se apenas em mentiras que até já foram desmentidas (mesmo no Público, veja lá)!
    Talvez fosse melhor saber do que fala antes de difundir propaganda, ou isso será pedir demasiado?

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  2. Os analistas,incluindo o Goldberg que o entrevistou, acham que foi uma preparação para as reformas do Raúl, que vão enfrentar controvérsia no parlamento. Perceberam que o Estado tem muito peso...hum! Como não acredito que esteja senil ou iluminado, vou mais pela primeira análise. Gostava de ter visto a nossa extrema esquerda a comentar estes assuntos, seria mais outra surpresa.

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