Ontem terminei o meu post assim: «E ainda não descobriram a palavra-chave para ganhar estas eleições. Isso deixo para amanhã». Referia-me ao PS, mas acrescento também a coligação.
A coligação PSD/CDS tem um candidato a primeiro-ministro que aborreceu os portugueses, em muitos momentos querendo seguir o estilo Cavaco Silva mostrou um rumo inflexível, tem pouco jogo de cintura, às vezes parece um "robot" e afastou-se das pessoas que se sentiram martirizadas pelas directivas da troika e que o Governo implementou a doer. Muitos foram os sacrifícios mas ainda ninguém vê o oásis.
O PS tem de mostrar rigor, mas tem de ganhar confiança dos portugueses que ainda não acreditam em António Costa. Em virtude do que os portugueses passaram nos últimos quatro anos, seria normal que o maior partido da oposição galgasse a onda do descontentamento e surgisse poderoso nas sondagens. Assim não acontece. Não se sente a máquina do PS, Costa está de férias, trapalhadas com outdoors marcaram a campanha. Para se mudar, é preciso que valha a pena.
É nesta equação, para ambos os blocos, que a palavra-chave para esta eleição é Esperança. Uma palavra de quatro sílabas, grande para os cânones da publicidade e do marketing, mas quente de emoção, que cria empatia, uma palavra de futuro e não de presente e passado.
Estas eleições continuam marcadas pelo presente e passado, quando o amanhã é muito mais importante. Os portugueses precisam de, pelo menos subliminarmente, acreditar que os seus sacrifícios serviram para um amanhã melhor, para um modelo alternativo que nos deixe respirar, nos deixe crescer, nos crie condições para sermos mais felizes. Portugal precisa de Esperança. Aprendam a usá-la.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
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