Eu gosto de ir à Moda Lisboa e gosto ainda mais que a Moda Lisboa esteja em Lisboa, algo que não sucedeu durante uns tempos.
Por isso saúdo o investimento feito para que os criadores nacionais pudessem exibir as suas propostas na capital do país.
A moda marca a sociedade contemporânea como salienta o "Império do Efémero" de Gilles Lipovetsky, logo são estas criações que podem mexer com as indústrias criativas e com a economia nacional, desde que Portugal aposte na criação de Marcas portuguesas algo que nunca ninguém teve a perspicácia de investir.
Mas esta edição realizada no Mercado da Ribeira não teve o glamour de outras edições, aliás o que achei mais glamouroso foi a garrafa do Martini Gold que é uma peça de design linda.
O que mais me irritou foi a falta de respeito por um lugar que deve ser sagrado. Por exemplo, há muitas pessoas que vão aos estádios mas nunca pisaram a relva; há aficionados de tauromaquia que vão às praças mas nunca tocaram na areia das arenas.
Logo, a falta de respeito pela passerelle, onde toda a gente, em trabalho ou não, estava até um minuto antes do desfile começar é algo incompreensível. A passerelle é o local sagrado da moda, onde se esboça a obra dos criadores através do personagem encarnado pelos manequins. Não é para o povo lá estar.
De resto, não vi tanta nata do entulho como é costime e vi uma presença africana muito forte. Os tempos são de crise, porém havia pouco brilho e o espaço escolhido também não ajudava nada. Os organizadores deviam ter na memória as organizações do evento quando decorreu no Armazém Terlis que foi das mais fortes e mais bem organizadas.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
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