Nunca me pronunciei sobre estes prémios aqui no blog e não entrei em qualquer das quezílias habituais entre diversas empresas do mercado.
Considero válidas todas as iniciativas que premeiem o bom trabalho na nossa área de actuação que é o Conselho em Comunicação. Sendo assim, estes novos prémios na área da comunicação e relações públicas são de louvar.
Porém, sendo uma cópia de outros prémios internacionais e incluindo 29 categorias algumas ficaram de fora. Quando o expliquei num comentário no Facebook, o Salvador, de imediato, me respondeu que os prémios não podiam ser à minha medida. É um facto.
Mas a minha medida é a medida do futuro, começar devagar, se calhar com menos prémios, com um bom júri (já o tem) e depois ir integrando mais categorias. Por exemplo, estimular as novas empresas, quem escreve sobre comunicação e não apenas sobre a sua empresa ou xafarica, a comunicação política algo que dá, felizmente ou infelizmente, mais mediatismo a quem está neste mercado.
Assim, falta um prémio para melhor nova empresa (ser todos os anos atribuídos quando houver exemplos disso para estimular o empreendedorismo), melhor blog de comunicação (temos vários bons blogs em actividade), melhor livro de comunicação do ano (este ano ganharia de caras o renato Póvoas), melhor trabalho de comunicação política (se calhar, teria muito gosto em pelo menos concorrer a esta categoria em parceria com a IPSIS pelo trabalho que conjuntamente fizemos na campanha política mais importante do país, e o Tiago Franco é da direcção da APECOM como todos sabem).
Quem se quiser candidatar tem de pagar 150 euros, uma prática normal noutros prémios, pois para mim não é muito positiva. Quem tem bom trabalho não tem de pagar para se candidatar a Prémios e assim, logicamente, as maiores empresas têm mais hipóteses pois apresentarão mais trabalhos, mesmo que não tenham tanta qualidade como outros que o mercado e apenas o mercado reconhece.
Não sou candidato a nada e cheguei à pouco tempo ao mercado, algo que não é relevante. Sei, pela quantidade de prémios em jogo, que vão dar um prémiozinho aos amigos, agradar a todos e ficam todos muito felizes pois já desembolsaram 150 euros.
Vão continuar a apresentar propostas em que nas primeiras páginas constam os prémios que ganharam (compraram?).
Desejo felicidades a estes prémios e que se tornem relevantes. E espero, apesar de não fazer parte da APECOM, que a actividade actual desta associação importante para o nosso mercado não se resuma a estes prémios nem à guerra habitual a que nos habituou. O mercado de Conselho em Comunicação, legitimamente, espera mais dela.
Eu manter-me-ei fiel a uma coisa: não compro assinaturas nem compro prémios. Como já disse no outro dia: «o copo é pequeno, mas só bebo do meu copo».
terça-feira, 12 de outubro de 2010
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