Hoje é o último programa de Marcelo Rebelo de Sousa na RTP, mas nem me vou pronunciar sobre silenciamento de possíveis vozes dissonantes.
Prefiro escrever sobre ele. Marcelo foi meu professor de ciência política na Católica(por sinal a minha melhor nota quando estive em Direito)e ainda bem me lembro a naturalidade com que chegava meia-hora atrasado às aulas, divertidíssimo enquanto assobiava ou cantarolava.
Foi com essa mesma naturalidade que com análise política conquistou os portugueses, entrando pelas nossas casas aos domingos. Não esquecer que depois da derrota em Lisboa, com o famoso mergulho no Tejo, e da saída da liderança do PSD, Marcelo perdeu ilusões.
Foi na TSF e depois na TVI que o professor atingiu níveis de reconhecimento ímpares, tornando-se uma das pessoas com um maior grau de notoriedade pública e taxas de popularidade estratosféricas.
Para mim, nunca abandonou o seu perfil florentino. Porque era muitas vezes analista em causa própria. Mas que vertia inteligência e sagacidade muito mais rápido do que a sua própria sombra.
Marcelo é um homem ambicioso, que se fixou no objectivo Belém. Por isso, para já, neste momento do PSD, Cristo não vai descer à Terra.
Qualquer dia também estará de regresso numa televisão perto de si. E com metade do país político no sábado já à espera do que «é que vai dizer o Marcelo». Tornou-se um hábito.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
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