O Telmo Carrapa e o Renato Póvoas – e outros provavelmente no passado - já esboçaram ideias sobre a importância do associativismo para o Conselho em Comunicação.
Eu defendo uma Ordem dos Consultores de Comunicação. Com isto não quero pôr em causa o trabalho levado a cabo pela APECOM – e que deve continuar, pois não é incompatível – ou outras associações.
A APECOM foi crescendo e hoje engloba mais de 30 empresas do sector. Porém, o sector não são só 30 directores de empresa.
Engloba todos os profissionais deste sector, incluindo agências grandes e pequenas, directores e jovens trabalhadores em Conselho em Comunicação.
O problema é vincar o trabalho que fazem os consultores de comunicação. Ainda hoje, se perguntarem até na vossa família, há muita gente que não percebe bem o que fazemos.
A indústria de Conselho em Comunicação tem de ganhar uma visibilidade e uma credibilidade que justifiquem bem o porquê das grandes empresas e instituições do país trabalharem connosco.
Isso passa pela clara definição do nosso estatuto profissional. Separar o trigo do joio, dar força a quem trabalha de forma profissional em contraponto com outros.
Nunca gostei de sindicatos, mas acredito no corporativismo forte de instituições bem estruturadas e com objectivos claros. Por isso:
.Definir bem o estatuto profissional de quem trabalha em Conselho em Comunicação
.Detectar e valorizar quem trabalha em Conselho em Comunicação
.Reforçar através de certificação o papel destes profissionais
.Definir e acompanhar regras claras para quem aqui trabalha
.Acções de valorização profissional e campanhas públicas de sensibilização do que é o sector de Conselho em Comunicação
Para isso é preciso uma Ordem que nos coloque no mesmo patamar de outras profissões muito prestigiadas: Advogados, Engenheiros, Médicos, Arquitectos.
Um amigo gosta de definir o seu trabalho do seguinte modo: «eu sou daqueles que o Pacheco Pereira diz que mandam no País».
Pois bem, primeiro que ganhemos força estrutural na nossa profissão e não surjamos apenas como o lado negro ou forças ocultas a actuar clandestinamente.
Com o reconhecimento da profissão outras oportunidades irão aparecer e o nosso papel será muito mais forte e respeitado.
E uma Ordem dos Consultores de Comunicação não será mais um quintal. Uma Ordem será o quintal mais agregador, pois englobará todos os que trabalham no sector.
PS: e para evitar qualquer tipo de má interpretação, defendo que o primeiro Bastonário já deve ter cabelos brancos. Isto é, uma longa experiência no sector e que seja um PR que consiga representar e falar sobre Conselho em Comunicação.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
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